Temporários são os valores válidos por um tempo limitado, ou seja, eles não duram para sempre e, isso muitas vezes nos dá a impressão de que não se tratam de valores essenciais.

O valor de uma maçã, por exemplo, é temporário e tem duração enquanto a maçã é adequada para o consumo. Após este período, é considerado como lixo. Pouco maior é o valor de uma cena teatral ou de um filme.

Esta imagem, que alguma coisa em algum momento não terá nenhum valor, não significa que hoje não vale nada. Na verdade, poderia dizer que, tudo que estão ao nosso redor e nos preocupa diariamente, depois de pouco tempo não existirão, ou estarão considerados como lixo. Claro, que isso não significa que o valor atual não é valido, ou está negativo. Porque, o nosso corpo e nossa alma são alimentados e mantidos com essas coisas e sem essas não há vida.  

Em poucas palavras, os valores temporários podem parecer efêmeros, tendo menos valor de outros, como estão, por exemplo, o amor, portanto, não vivemos apenas com amor, mas, principalmente, vivemos com valores temporários e efêmeros.

No entanto, é óbvio que, com estes valores temporários, mas valiosos, não significa que estão esgotadas todas as questões de valores em nossas vidas, porque todos entendemos que, além dos temporários, existem valores mais duradouros e, obviamente, eles têm um papel mais decisivo nas nossas vidas.

Enquanto a comida é o valor básico da vida cotidiana, todos entendemos que isso não é suficiente para uma vida humana normal. Precisamos de companhia, esperança, amor, compaixão, compreensão, e milhares de outros valores que, muitas vezes, não podemos descreve-los com palavras. E exatamente, essa dimensão da vida queria nos ensinar o Cristo Jesus.

A vida humana não é apenas de satisfazer as nossas necessidades físicas, mas, também existem valores mais profundos que o ser humano precisa.

Na verdade, seguindo pouco mais, Ele acabou nos ensinar que, as necessidades mais profundas da nossa personalidade não são conhecidas por ninguém, além do nosso próprio Criador.

Por isso, a básica – mas não única – função da nossa vida deve ser a busca do Criador, o qual, só Ele conhece completamente os valores mais profundos e duradouros da nossa alma, acabando naqueles valores que duram para sempre, ou seja, tendo como alvo a própria vida.

Porém, esses valores eternos, não nos afastam dos valores temporários da vida cotidiana, mas, coexistem e cooperam para a nossa direção na eternidade, visto que, é considerável a fé na existência do Criador, no Seu papel e na Sua intervenção ao mundo.

Um criador que nos fornece valores tanto temporários, quanto eternos, os quais, somos chamados descobri-los, entende-los e coloca-los em operação utilizando-os diariamente, tendo como base a Sua Palavra e Sua lógica e, também, as normas praticas do conjunto desses valores para uma vida boa e produtiva todos os dias.

A função da mola é conhecida pela maioria das pessoas e sua aplicação existe em centenas de aparelhos que usamos todos os dias.

A principal caraterística da mola é a sua resistência, pois recebe pressão e fica deformada temporariamente, e logo volta à sua forma original. Essa transformação, pode no começo, impressionar, mas ela foi criada para receber pressão e não se deformar, mesmo que não esteja sendo pressionada constantemente. Ela não perde a capacidade de sua formação original após ser utilizada, estando pronta, sempre, para o seu próximo trabalho.

O desenvolvimento industrial é resultado principalmente, dos avanços tecnológicos do século XX, porém a função da mola é conhecida na natureza desde sempre, sendo bastante perceptível nas árvores altas, as quais envergam e mudam a sua forma sob a força dos fenômenos naturais, porém mantém seu formato original, como num reflexo e voltam-se ao seu formato original quando passa a tempestade.

 Aliás, o próprio Deus, colocou também dentro do ser humano a mesma capacidade de poder resistir às “pressões” e situações do dia a dia quando passamos por “tempestades”.  Conseguimos voltar à posição anterior depois que se faz bonança, e ainda nos fortalecemos pela experiência adquirida.

 Em tudo isso, é evidente que cada um de nós, no seu interior, temos forças adequadas e dadas por Deus, que Ele na sua providência, age com tal modo, de que a “pressão” e as dificuldades que enfrentamos, não ultrapassem as nossas capacidades para suportar, mas, junto com a prova, Ele dá a solução, para podermos resistir.

Se olharmos o passado da nossa vida pessoal, verificamos tudo isso.

No mundo moderno, ter coisas e querer adquirir mais, a ponto de usarmos métodos legítimos para aumentar nossa riqueza ou glória é normal e isso é saudável.

O problema começa quando o que eu recebo, seja na fama, dinheiro ou bens materiais, na verdade eu não preciso deles e provavelmente adicione problemas à minha vida, e não resolvo esses problemas.

Enquanto que invocam uma necessidade, na realidade essa necessidade está em minha imaginação e satisfazê-la não contribui para a felicidade, mas para a minha miséria.

Então a pergunta que surge para cada um de nós é:  Quanto eu preciso para ser feliz?

E a resposta é obviamente pessoal. Auto-suficiência é o oposto da avareza. Sentir-me bem com o que tenho não significa que não vou conseguir mais.  A questão é: em quais áreas e por quais métodos esse aumento ocorrerá. Em qualquer um dos casos, a minha felicidade pessoal, alegria pessoal e paz não devem ser sacrificados no altar de qualquer nova conquista.

A riqueza em meu mundo interior não são apenas uma garantia de equilíbrio e conquista de valores, mas também a gestão diária é mais simples e segura.

A candeia e a vela, por milhares de anos, foram utilizadas para iluminação básica em todas as sociedades, igualmente em todas as classes sociais.

Hoje, com o uso da eletricidade, nós mudamos nossas experiências e a luz de uma candeia ou vela, não são mais apenas inadequadas, mas utópicas. Alguém poderia enfrentar a vida moderna usando apenas candeias ou velas?

Enquanto isso fica evidente e até óbvio, faço uma comparação com as nossas questões de fé e a busca pelo Deus vivo, onde, infelizmente, ainda tem muita gente que permanece na luz das candeias e velas, mesmo podendo iluminar suas vidas na potência de uma lâmpada elétrica, a qual pode ter a equivalência de uma centena de velas ou candeias e até mais que isso.

Em outras palavras, estamos a procura de mais e mais luminárias em nossas vidas cotidianas e ninguém mais é compatível com a prática tradicional antiga, ultrapassada, enquanto que, na busca por Deus, nas coisas do alto, queremos os métodos tradicionais antigos, não porque sejam suficientes, mas por não querermos nos esforçar ou fazer qualquer coisa que demande (ou que possa requerer) esforço ou custo, ou tempo, ou dinheiro, ou responsabilidade. E, é claro, que o resultado é proporcional.

Não vemos além da nossa vida cotidiana. Não temos planos abrangentes, pois estamos focados com nossa vida aqui na Terra, enquanto que o Criador nos criou para explorar, não só as coisas terrenas, ou encontrar solução somente para nossos problemas cotidianos. Deus quer que vamos também em busca das coisas do céu, do além de nós mesmos e ainda, além do túmulo, do amanhã, do futuro eterno, onde o próprio Deus quer estar conosco e nos preparou lugar.Como iluminamos nosso pensamento?

Que tenhamos este “telescópio“ espiritual, que desvenda e descobre muito mais do que um significado nas coisas desta vida terrena, que é finita e tem prazo de validade.